O mercado automotivo em 2021 foi carregado de incertezas, de momentos bons e ruins. Foi realmente uma montanha russa de emoções nesse setor tão importante para a economia brasileira, sendo responsável por quase 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Apesar das dificuldades, as montadoras tiveram saldo positivo. Enquanto o mercado de performance e personalização está de vento em popa. A Strike Brasil, em plena pandemia, cresceu 72% junto com um crescimento de 33% em número de unidades. Para interessados a investir nesse mercado, com certeza há oportunidades, mas é preciso ficar atento e planejar.
Assim, continue lendo para ficar sabendo dos principais destaques de como foi o mercado automotivo em 2021!
Um panorama do mercado automotivo em 2021
Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o mercado automotivo completo cresceu 10,57% em vendas em 2021. Ao passo que o resultado é avaliado como muito positivo pelo presidente da Fenabrave, José Maurício.
“Ainda vivemos uma crise global, de abastecimento de insumos e componentes na indústria, e novos desafios têm surgido para o setor, como os constantes aumentos nas taxas de juros, que vêm impactando nos financiamentos. Ainda assim, conseguimos fechar o ano de 2021 com o 12º melhor resultado, desde 1957”, comenta José Maurício.
Enquanto isso, o mercado de autopeças e reparação avançou com força, crescendo 25,2% em faturamento em 2021, totalizando R$ 158,1 bilhões. Tal avanço pode ser interpretado em conjunto com as dificuldades para financiamento, baixa de estoque e incertezas econômicas das famílias.
O segmento de franquia automotiva especializada em performance também avançou. Na Strike Brasil, nosso número de remaps realizados subiu 72% em 2021 e aumentamos nossas unidades em 33%. Além disso, nossa loja online cresceu 104% no mesmo período!
Os principais destaques do mercado automotivo em 2021
O mercado automotivo em 2021 trouxe diversos eventos inesperados. Aos trancos e barrancos, as montadoras e empresas do setor tiveram que se adaptar rapidamente para superar as dificuldades.
Vamos agora ver os principais destaques do ano que passou:
Paralisações de linhas de produção em todo o país
A falta de componentes, especialmente de semicondutores, afetou 14 fábricas no Brasil, levando à redução ou total paralisação de linhas de produção de mais de 40 modelos. Assim, a perda de produção é estimada em 500 mil veículos.
“Tem demanda, as montadoras colocaram a projeção para cima e as empresas de chip não conseguiram atender”, comenta Fábio Sacioto, diretor regional do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) em Minas Gerais e presidente do Centro Industrial Empresarial de Minas Gerais (Ciemg).
Consequentemente, fabricantes não foram capazes de entregar todos os pedidos das concessionárias. Ao passo que muitas fábricas tiveram que negociar férias coletivas ou lay offs de linhas inteiras, que é quando o contrato dos trabalhadores é suspenso temporariamente, mas sem demitir os colaboradores.
Enquanto umas saem, outras montadoras confirmam investimentos no Brasil
A indústria automotiva brasileira vislumbrou grandes mudanças. Logo em janeiro, a Ford anunciou o fim da produção no Brasil, após mais de um século no país. A saída da montadora levou à demissão de 5 mil trabalhadores e custos na ordem dos US $4,1 bilhões.
Enquanto isso, e com prejuízos mais moderados ao setor, a Mercedes-Benz confirmou em agosto a venda da sua fábrica desativada no interior paulista.
Por outro lado, houve o anúncio de outras montadas que assumiram novos investimentos no país:
- Renault divulgou programa de R$ 1,1 bilhão de investimento até o primeiro semestre de 2022, para renovar 5 modelos, introduzir novas versões do motor turbo e trazer dois modelos de carros elétricos;
- BMW anunciou R$ 500 milhões em investimentos para produzir os modelos X3 e X4, além de um terceiro modelo, nos próximos 3 anos;
- A Volkswagen divulgou plano de investimento de R$ 7 bilhões entre Brasil e Argentina até 2026.
Veículos usados com preço maior que um 0 Km
Com falta de oferta dos modelos zero-km, como pode ser percebido pelos destaques anteriores, gerou um fenômeno inesperado: seminovos e usados valorizaram mais do que os modelos novos!
Segundo o Monitor de Variação de Preços da KBB Brasil, modelos fabricados até 2018 subiram 0,92% e carros produzidos até 2011 ficaram 1,46% mais caros. Em contrapartida, os modelos novos tiveram preços ajustados apenas em 0,23%.
A KBB também observou seminovos sendo vendidos com preços acima dos modelos 0 km. Conforme o estudo, o modelo Fiat Strada 2021 seminova podia ser encontrado até 3,37% mais cara que sua versão equivalente mais nova.
“A alta do carro zero-km acaba, também, puxando o usado para cima. Não na mesma proporção, é fato, mas é uma situação comum. Hoje, por exemplo, a tabela Fipe não é referencial. Tem revenda, afinal, negociando carro acima do preço”, afirma ao Jornal do Carro o consultor Paulo Garbossa da ADK Automotive.
Na avaliação do consultor, o imediatismo do consumidor também empurra a demanda pelos seminovos. Sem querer enfrentar as filas de espera para comprar um modelo novo, muitos clientes optam pelos seminovos, que, consequentemente, acabam se valorizando.
Resiliência e aquecimento do mercado de oficinas e autocenters
As dificuldades da indústria, entretanto, não foram observadas entre as oficinas e autocenters. Enquanto no primeiro trimestre de 2021 as oficinas independentes viram recuo de 14,4% no faturamento em relação ao mesmo período de 2020, logo no segundo trimestre tiveram crescimento de 107% em relação ao 2 trimestre de 2020!
O cenário de crise econômica e queda na compra de veículos zero-km, muitos optaram por ficar por mais tempo com o carro atual do que trocar por um novo, gerando o aumento de demanda por manutenção.
Entretanto, a concorrência é forte e os negócios precisam inovar para continuarem crescendo. É nesse momento que surge a oportunidade e importância de agregar serviços e ofertas exclusivas, como os produtos e serviços Strike Brasil.
Dessa maneira, esses negócios fogem do tradicional de oficinas e centro automotivos, o que faz total diferença na qualidade percebida pelos clientes e na diferenciação.
As perspectivas para o mercado automotivo em 2022
Enfim, diversos dos eventos do mercado automotivo em 2021 devem continuar ecoando em 2022. Nesse sentido, é esperado que a crise dos semicondutores deva perdurar até o segundo semestre deste ano.
Enquanto isso, a demanda por seminovos e usados tende a crescer, impulsionados pela falta de estoques e o aumento nas taxas de juros, dificultando financiamentos. Por outro lado, o mercado de reparação, performance e autopeças devem continuar surfando uma onda de crescimento.
Quer saber mais sobre as oportunidades no mercado e saber como aproveitá-las para entrar no empreendedorismo automotivo? Então, não deixe de conferir nosso artigo sobre as oportunidades em 2022 e como aproveitá-las!